quarta-feira, 19 de maio de 2010

CHEGAMOS AO FIM DA NOSSA VIAGEM...













No inicio do curso, entramos no Túnel do Tempo e iniciamos a nossa viagem pela HISTÓRIA DA CIÊNCIA...

Verificamos como tudo começou na Ciência Primitiva e como todos os povos e épocas contribuiram para as novas descobertas científicas no mundo e no Brasil.

Chegamos ao século XXI... cresce a sensação de que muita coisa foi deixada a margem na nossa viagem. Há, com certeza, necessidade de novas e muito mais prolongadas viagens...
Vimos como o homem acumulou o conhecimento durante os milênios que contemplamos.

Imagine como seria uma aula da história da ciência em uma comunidade de João-de-Barro. Os alunos aprenderiam que as técnicas de construção de suas casas são as mesmas usadas pelos seus ancestrais dos séculos passados.


Conhecimento + estudo + criatividade + trabalho + ... = NOVAS DESCOBERTAS

Queridos Alunos...
O semestre está acabando... a nossa viagem pelo túnel do tempo chega ao fim...

Mas as DESCOBERTAS SÃO ETERNAS...

...deixe "florescer" o CIENTISTA que há em você.....












...Viagem por este blog... post por post.... e recorde a nossa viagem pela História da Ciência.

... aprendemos muito.... e tivemos a oportunidade de ensinar também....


Deixe aqui o seu comentário ...




INVENTORES DO BRASIL





Alberto Santos Dumont

Alberto Santos Dumont (Palmira, 20 de julho de 1873 — Guarujá, 23 de julho de 1932) foi um engenheiro (apesar de não ter tido formação acadêmica nessa área[carece de fontes?]) e pioneiro da aviação. Santos Dumont foi o primeiro a decolar a bordo de um avião, impulsionado por um motor aeronáutico, apesar de alguns países considerarem os Irmãos Wright como os inventores do avião, por uma decolagem, catapultada, ocorrida em 17 de dezembro de 1903. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho oficial de especialistas, jornalistas e da população parisiense. Em 23 de outubro de 1906, voou cerca de 60 metros e a uma altura de dois a três metros com seu 14 Bis, no Campo de Bagatelle em Paris. Menos de um mês depois, em 12 de novembro, repetiu o feito e, diante de uma multidão de testemunhas, percorreu 220 metros a uma altura de 6 metros. O vôo do 14-Bis foi o primeiro verificado pelo Aeroclube da França de um aparelho mais pesado que o ar na Europa, e possivelmente a primeira demonstração pública de um veículo levantando vôo por seus próprios meios, sem a necessidade de uma rampa para lançamento. O 14-Bis teve uma decolagem autopropelida, e por isso Santos Dumont é considerado por parte da comunidade científica e aeronáutica e principalmente em seu país de origem, o Brasil, como o Pai da Aviação. Herdeiro de uma família de cafeicultores prósperos na cidade de Ribeirão Preto; pôde se dedicar aos estudos da ciência e da mecânica vivendo em Paris. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domínio público e sem registrar patentes. A casa onde nasceu Alberto Santos Dumont situa-se no município de Santos Dumont, zona da mata mineira, a 240 quilômetros de Belo Horizonte e 220 quilômetros do Rio de Janeiro. O local foi transformado no Museu de Cabangu. Também em Petrópolis existe o Museu Casa de Santos Dumont.







Júlio César Ribeiro de Sousa
(Acará, 13 de junho de 1843 — Belém, 14 de outubro de 1887) foi um inventor brasileiro reconhecido como pioneiro no desenvolvimento da dirigibilidade aérea. Professor, autor de uma gramática premiada, jornalista, funcionário público, diretor de Biblioteca Pública e secretário de Estado. Era tido como o príncipe dos poetas paraenses. Porém, foi como homem de ciência que deixou sua marca na história. Contribuições à ciência A grande contribuição de Júlio César Ribeiro de Sousa para a ciência foi o desenvolvimento das bases da dirigibilidade aérea e da aerodinâmica. Franceses e alemães, tomando como base as suas descobertas, deram continuidade ao desenvolvimento dos dirigíveis. Até que, em 19 de outubro de 1901, na França o brasileiro Alberto Santos Dumont contornou a Torre Eiffel em Paris a bordo de seu dirigível n.º 6 dominando finalmente a dirigibilidade no ar.







Dirigível Nº1 de Santos Dumont. Este formato aerodinâmico foi originalmente idealizado por Júlio César Ribeiro de Sousa.



Landell de Moura


Roberto Landell de Moura (Porto Alegre, 21 de janeiro de 1861 — Porto Alegre, 30 de junho de 1928) foi um padre católico e inventor brasileiro. É considerado um dos vários "pais" do rádio, no caso o pai brasileiro do Rádio. Foi pioneiro na transmissão da voz humana sem fio (radioemissão e telefonia por radio) antes mesmo que outros inventores tivessem transmitido sinais de telegrafia por rádio. Pelo seu pioneirismo o Padre Landell é o patrono dos radiomadores do Brasil. A Fundação Educacional Padre Landell de Moura foi assim batizada em sua homenagem, assim como o CPqD (Centro de Pesquisas e Desenvolvimento) criado pela Telebrás em 1976, foi batizado de "Roberto Landell de Moura".

Francisco Rodrigues Saturnino de Brito (Campos, 1864 — Pelotas, 1929) foi o engenheiro sanitarista que realizou alguns dos mais importantes estudos de saneamento básico e urbanismo em várias cidades do país, sendo considerado o "pioneiro da Engenharia Sanitária e Ambiental no Brasil". Seu invento mais conhecido foi o tanque fluxível, utilizado no Brasil e em toda a Europa no século XX, que foi batizado, após a sua morte, de tanque fluxível tipo Saturnino de Brito só abandonado depois da década de 1970 após a adoção da tensão trativa para o cálculo das redes de esgotos sanitários. Foi eleito pelo congresso da "Associação Brasileira de Engenharia Sanitária" e Ambiental, por unanimidade, como Patrono da Engenharia Sanitária Brasileira. Escreveu diversas obras técnicas de saneamento que foram adotadas na França, Inglaterra e Estados Unidos. Suas obras completas foram editadas, após o seu falecimento, pelo Instituto Nacional do Livro na Imprensa Nacional, e incluem, entre outros volumes, o "Saneamento de Santos", o "Saneamento de Campos", o "Saneamento de Pelotas e Rio Grande", o "Saneamento de Recife", "o Saneamento de Natal", "Controle de Enchentes" e o famoso livro "Le Tracé Sanitaire des Villes", editado na França. Foi fundador do Escritório Saturnino de Brito - que funcionou até 1978 quando da morte de seu filho e continuador da sua obra Francisco Rodrigues Saturnino de Brito Filho.

Urbano Ernesto Stumpf ( Rio Grande do Sul 1916 - ?1998 ) foi um engenheiro aeronáutico e inventor brasileiro. É tido como o " pai do motor a álcool ".
Formou-se engenheiro aeronáutico pelo ITA ( Instituto Tecnológico da Aeronáutica ). Iniciou seus estudos sobre a viabilidade do álcool como combustível nos anos 50 neste mesmo instituto. Trabalhou na Escola de Engenharia da USP, em São Carlos e a Universidade de Brasília entre outras. Graças a isto, divulgou suas idéias pelo meio acadêmico do Brasil. O motor Quando da primeira crise do petróleo em 1973, o CTA ( Centro Técnico Aeroespacial ), o incumbiu de realizar estudos técnicos sobre o etanol que permitiram que o governo mais tarde criasse o pró-álcool. Durante três anos, de 1973 a 1976, realizou experiências com diversos tipos de motores adaptando-os para o uso do álcool combustível. Nesta fase de experiências coordenou os trabalhos desenvolvidos por técnicos e engenheiros da Divisão de Motores do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD). Em 1975, apresentou os resultados de seus estudos ao presidente Ernesto Geisel fato que contribuiu decisivamente para que o governo brasileiro criasse um programa de substituição de combustíveis derivados de petróleo por álcool. Nesse mesmo ano, começa a circular o primeiro veículo movido a álcool ( um modelo Dodge ) e é criado o pró-álcool. A experiência definitiva Em 1976, é realizado o " circuito de integração nacional ". Uma experiência em que três carros ( um Dodge, um Fusca e um Gurgel Xavante ) movidos a álcool percorreram nove nove estados brasileiros totalizando oito mil e quinhentos quilômetros de distância. Finalmente o carro a álcool torna-se uma relidade. Divulgando o álcool Até o ano de 1982, o professor Urbano Ernesto Stumpf viajou por vários países do mundo divulgando as vantagens do etanol. Esteve na Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, França e Estados Unidos participando de simpósios demonstrando a evolução do motor a álcool.
Homenagens A lei Nº 10.968, de 9 de Novembro de 2004, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula Da Silva, batiza o Aeroporto de São José dos Campos como " Aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf ".

HISTÓRIA DA CIÊNCIA NO BRASIL













A História da Ciência no Brasil começou eficazmente somente nas primeiras décadas do século XIX, quando a família real portuguesa, dirigida por D. João VI, chegou em Rio de Janeiro, escapando-se da invasão do exército de Napoleão em 1807. Até então, o Brasil não era muito mais do que uma colônia pobre, sem universidades, mídias impressas, bibliotecas, museus, etc, em um contraste absoluto às colônias da Espanha, que tiveram universidades desde o século XVI. Esta era uma política deliberada do poder colonial português, porque temiam que aparecessem classes de brasileiros educados impulsionados pelo nacionalismo e outras aspirações para a independência política, porque tinha acontecido nos EUA e em diversas colônias espanholas da América latina. Algumas fracas tentativas de estabelecer a ciência no Brasil foram feitas em torno de 1783, com a expedição do naturalista português Alexandre Rodrigues, que foi emitido pelo ministro principal de Portugal, Marquês de Pombal, para explorar e identificar a fauna, a flora e a geologia brasileira. Suas coleções, entretanto, foram arruinadas na França, quando Napoleão invadiu, que estavam sendo transportadas para Paris por Étienne Geoffroy Saint-Hilaire. Em 1772, a primeira sociedade instruída, Sociedade Scientifica, foi fundada no Rio de Janeiro, mas durou somente até 1794. Também, em 1797, o primeiro instituto botânico foi fundado em Salvador, Bahia. O D. João VI incentivou todos os acontecimentos da civilização européia ao Brasil. Em um período curto (entre 1808 e 1810), o governo fundou a Academia Naval Real e a Academia Militar Real (ambas as escolas das forças armadas), a biblioteca nacional, os jardins botânicos reais, a Escola de Cirurgia da Bahia e a Escola de Anatomia, Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Primeiro Império Após ser independente de Portugal, declaração feita pelo filho do rei, o D. Pedro I (quem se transformou primeiro Imperador do novo país), suas políticas a respeito mais altamente da aprendizagem, a ciência e a tecnologia vieram a uma paralisação relativa. Nas primeiras duas décadas do século, a ciência no Brasil foi realizada na maior parte por expedições científicas provisórias por naturalistas europeus, tais como Charles Darwin, Maximilian zu Wied-Neuwied, Carl von Martius, Johann Baptist von Spix, Alexander Humboldt, Augustin Saint-Hilaire, Baron Grigori Ivanovitch Langsdorff, Friedrich Sellow, Fritz Müller, Hermann von Ihering, Émil Goeldi e outros. Esta ciência era na maior parte, descrições da fantástica biodiversidade brasileira, de suas flora e fauna, e também suas geologia, geografia e antropologia, e até a criação do museu nacional, os espécimes foram removidas na maior parte às instituições européias. As expedições brasileiras eram raras, a mais significativa é a de Martim Francisco Ribeiro de Andrada e José Bonifácio de Andrada e Silva, em 1819. Na área educacional, as primeiras escolas de lei foram fundadas em 1827 em Recife e em São Paulo, mas pelas próximas décadas, a maioria dos advogados brasileiros estudou ainda em universidades européias, tais como a famosa universidade de Coimbra. [editar] Segundo Império As coisas começaram mudar após 1841, quando o filho o mais velho de D. Pedro I, Imperador D. Pedro II veio ao trono quando tinha 15 anos. Nos 50 anos seguintes, Brasil apreciou um monarquia constitucional estável. D. Pedro II era um monarca instruído que incentivava as artes, a literatura, a ciência e a tecnologia e tinha contatos internacionais extensivos nestas áreas. O suporte principal da ciência brasileira e do assento de seus primeiros laboratórios de pesquisa era o Museu Nacional do Brasil, no Rio de Janeiro, que existe até hoje. D. Pedro desenvolveu um interesse pessoal forte e selecionou e convidou muitas personalidades científicas européias respeitáveis, tais como von Ihering e Goeldi, para trabalhar no Brasil. E seus ministros e senadores assistiam freqüentemente a conferências científicas no museu. Lá, o primeiro laboratório do fisiologia foi fundado em 1880, sob João Baptista de Lacerda e Louis Couty.





Oswaldo Cruz

Oswaldo Gonçalves Cruz (São Luís do Paraitinga, 5 de agosto de 1872 — Petrópolis, 11 de fevereiro de 1917) foi um cientista, médico, bacteriologista, epidemiologista e sanitarista brasileiro. Foi o pioneiro no estudo das moléstias tropicais e da medicina experimental no Brasil. Fundou em 1900 o Instituto Soroterápico Nacional no bairro de Manguinhos, no Rio de Janeiro, transformado em Instituto Oswaldo Cruz e, hoje, respeitado internacionalmente.




Paulista, ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1887, formando-se em 1892. Em 1896, estagiou no Instituto Pasteur, em Paris, onde foi discípulo de Émile Roux, seu diretor à época. Voltou ao Brasil em 1899 e organizou o combate ao surto de peste bubônica registrado em Santos (SP) e em outras cidades portuárias brasileiras. Demonstrou que a epidemia era incontrolável sem o emprego do soro adequado. Como a importação era demorada à época, propôs ao governo a instalação de um instituto para fabricá-lo. Foi então criado o Instituto Soroterápico Nacional (1900), cuja direção assumiu em 1902. Diretor-geral da Saúde Pública (1903), coordenou as campanhas de erradicação da febre amarela e da varíola, no Rio de Janeiro. Organizou os batalhões de "mata-mosquitos", encarregados de eliminar os focos dos insetos transmissores. Convenceu o presidente Rodrigues Alves a decretar a vacinação obrigatória, o que provocou a rebelião de populares e da Escola Militar (1904) contra o que consideram uma invasão de suas casas e uma vacinação forçada o que ficou conhecido como Revolta da Vacina. Premiado no Congresso Internacional de Higiene e Demografia, realizado em Berlim (1907), deixou a Saúde Pública (1909). Dirigiu a campanha de erradicação da febre amarela em Belém do Pará e estudou as condições sanitárias do vale do rio Amazonas e da região onde seria construída a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré. Em 1916, ajudou a fundar a Academia Brasileira de Ciências e, no mesmo ano, assumiu a prefeitura de Petrópolis. Doente, faleceu um ano depois, não tendo completado o seu mandato.

Carlos Justiniano Ribeiro Chagas






Carlos Justiniano Ribeiro Chagas (Oliveira, Minas Gerais, 9 de julho de 1879 — Rio de Janeiro, 8 de novembro de 1934) foi um médico sanitarista, cientista e bacteriologista brasileiro, que trabalhou como clínico e pesquisador. Atuante na saúde pública do Brasil, iniciou sua carreira no combate à malária, mas destacou-se ao descobrir o protozoário Trypanosoma cruzi (cujo nome foi uma homenagem ao seu amigo Oswaldo Cruz) e por ser o primeiro e o único cientista na história da medicina que descreveu completamente a doença que esse protozoário causa, a tripanossomíase americana, conhecida popularmente com o seu nome, doença de Chagas. Foi diversas vezes laureado com prêmios de instituições do mundo inteiro, sendo as principais como membro honorário da Academia Brasileira de Medicina e doutor honoris causa da Universidade de Harvard e Universidade de Paris. Também trabalhou no combate à leptospirose e às doenças venéreas, além de ter sido o segundo diretor do Instituto Oswaldo Cruz.

CIÊNCIA HOJE...

Rachel Rimas Ciência Hoje On-line 30/10/2007


Anotações digitais Caneta transfere o que o professor escreve na lousa durante a aula diretamente para um computador





A caneta Youpi! É capaz de transferir o texto escrito na lousa por um professor para um computador usado por alunos na sala de aula.
Você tem dificuldade para prestar atenção na aula e ao mesmo tempo copiar as anotações do professor?
Se depender de um dispositivo em desenvolvimento na Faculdade de Engenharia da Computação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), isso não será mais um problema. Trata-se de um modelo de caneta capaz de transferir as anotações feitas pelo professor na lousa durante a aula para um computador, permitindo que as informações sejam repassadas posteriormente aos alunos.
Batizada de Youpi!, a caneta conta com sensores capazes de identificar sua localização no espaço. Esses sensores são dispostos em uma placa presa à caneta. Quando capta o movimento realizado pela caneta, o sensor envia o sinal para uma antena acoplada ao computador – que pode ser, por exemplo, um laptop usado por um estudante na própria sala de aula.
O sinal recebido pelo computador é armazenado digitalmente, interpretado e transformado texto, com a ajuda de programas especializados em reconhecer desenhos de letras.
“A caneta pode inclusive diferenciar letras de forma de letras cursivas”, destaca o aluno Gabriel Couto, que projetou a peça junto com os colegas de turma Édipo Aragão, Eric Ribeiro Mendes e Paulo Balbino, sob a orientação do professor Carlos Miguel Tobar. Antes de a caneta ser usada, porém, é necessário informar ao computador as coordenadas de posição da lousa, para que o sensor possa agir corretamente.
Transferir as anotações de uma lousa para o computador é a função mais comentada da caneta, mas ela também é capaz de atuar sobre superfícies diversas. Basta indicar a posição da superfície no espaço. Desse modo, ela poderá no futuro substituir o mouse ou ser usada para a criação de desenhos na própria tela do computador, o que seria muito útil para alunos de arquitetura, por exemplo.
“A Youpi! permite até fazer desenhos em três dimensões”, acrescenta Couto. Essa versatilidade é uma das vantagens do dispositivo. Segundo o orientador do projeto, uma de suas possíveis concorrentes no mercado precisa ser usada em uma superfície especial para que as anotações sejam transferidas para um computador. No começo, a Youpi! funcionava apenas transmitindo as informações para um computador instalado na sala de aula. Mas, a partir desse computador, pode-se usar métodos existentes para passar as informações para os computadores individuais dos alunos. Futuramente, os pesquisadores pretendem criar uma forma de acompanhar as anotações simultaneamente pela internet.
O projeto de construção da caneta foi desenvolvido entre fevereiro e julho de 2007. Agora, a equipe realiza alguns ajustes no protótipo.
“O sensor que usamos é muito sensível. Se houver aparelhos celulares no local ou se a escrita da pessoa for tremida, a transmissão do sinal é prejudicada”, diz Couto. Para superar essa dificuldade, os alunos estão trabalhando no isolamento de ruídos e em uma filtragem de sinais mais específica. O dispositivo, que chegou à semifinal do torneio Imagine Cup de 2007, organizado pela empresa Microsoft, está sendo patenteado pelos estudantes. Por enquanto, o projeto da caneta digital ainda não foi vendido a qualquer empresa do ramo tecnológico.
Os pesquisadores acreditam que, se produzida em larga escala, a caneta poderia custar aproximadamente R$ 150.

http://cienciahoje.uol.com.br/



Comente sobre as novas descobertas do século XXI.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Livro : A ERA DOS EXTREMOS









SÉCULO XX

... Olho pela janela do meu apartamento. A vista, com a qual ainda me acostumo, não é das mais confortáveis. Casas sem acabamento, alguns barracos, bares onde a população local supre sua necessidade de lazer. Crianças correm para cima e para baixo. Com um pouco de atenção pode se observar as escadinhas familiares: oito anos, sete anos, cinco anos, três, alguns meses. Movimentação normal de um bairro humilde, ou carente se preferirem; pessoas trabalhando, conversando na frente de suas casas, carros, entregadores de gás. Após observar as cenas cotidianas, entro e me pergunto: qual a relação entre o fato, a realidade, e a ciência a que me entrego? Quanto estamos próximos dela, e quanto somos honestos ao tratá-la? Claro que com um mínimo de responsabilidade jamais me atreveria a incorporar o juízo de algo ou de alguém: o ofício de historiador, apesar da impossível imparcialidade, não compreende o mister da sentença. Entretanto, com certo prazer, nos é permitido pequenas críticas ou até maldades. Mas o que pode um homem dizer sobre si mesmo? E sobre seu tempo? Homem e tempo se misturam, se amalgamam e fica difícil saber onde um principia e o outro termina. Se isto é minimamente real, quão honestos seremos em nossa própria avaliação?

Ao escrever A Era dos Extremos, o renomado historiador inglês Eric Hobsbawm enfrentou tais desafios, e para nós, leitores, resta a tarefa ainda mais ingrata do que a dele - a de, tendo testemunhado muito menos, avaliar a eficiência do autor na realização e execução do livro. O próprio Hobsbawm afirma no início da obra que durante muito tempo relutou em escrevê-la pois, sendo testemunha e participante dos eventos, sentia sua própria objetividade em xeque. Mesmo assim, chegou a hora em que a serpente histórica o venceu e materializou-se sua interpretação do que ele chamou de o "breve século XX".
A contribuição do autor como um todo é boa, pois por mais que se conteste atrás de cada página ainda está Eric Hobsbawm e todo seu nome e capacidade. A descrição dos eventos e dos fatos econômicos e sociais, a cultura do século XX, o surgimento de novos grupos sociais (como a juventude), o culto à personalidade, o imperialismo, o comunismo, etc. Eric J. Hobsbawn Enfim, mais uma vez o autor mostra seu brilhantismo e o incrível fôlego que lhe permite transitar pelas principais atividades humanas no século abordado, nas mais diversas regi›es do planeta. Contudo, não é a repetição do estilo que aqui nos interessa, mas dois frutos do balanço feito do historiador: o extremo e o saldo humano.
A princípio, a tentação pode levar o leitor a imaginar que os "extremos" referidos por Hobsbawm são os dois lados da bipolarização pela qual o mundo passou durante grande parte do século. A divisão do mundo em dois blocos, liderados pelas superpotências (EUA e URSS), entretanto, vale muito menos do que se imagina como metáfora dos extremos. Representa, antes de tudo, mais uma das faces extremadas que se colocaram à mostra no breve século. Acima dessa possibilidade residem diversas máscaras do que o autor chama de "extremo", e talvez a mais potente delas seja a violenta contraposição entre riqueza e miséria, progresso científico e barbárie humana.
O mesmo século que produziu riquezas enormes tratou de agrupá-las em estritos campos do globo, e mesmo nestes em poucas mãos. Por exemplo, vê-se a riqueza norte americana contrastando com a pobreza localizada na maioria das vezes ao sul do Equador. É igualmente válida a tentativa do autor em desmistificar o poderio do Tio Sam ao lembrar que nada é eterno, e que a participação dos EUA no total da produção mundial vem sendo gradualmente reduzido. Por outro lado, isto não se reflete em uma visão otimista do futuro por parte do autor. E é exatamente isto que nos leva ao próximo ponto de interesse neste texto.
Repetindo o discurso de Goethe em Fausto, a argumentação do historiador indica que o progresso científico e tecnológico não significou necessariamente a melhoria das relações humanas. O século da corrida espacial, da engenharia genética e de tantas outras maravilhas criadas pelo homem foi também o século da invenção das fórmulas da destruição em massa, do genocídio e da completa intolerância. Mesmo com tantos meios de comunicação para aproximar os homens, nunca estivemos tão distantes e impessoais: o outro se tornou um estranho. Ciência e tecnologia não produzem necessariamente bem-estar e fraternidade.
Mais do que nunca vale lembrar McLuhan: "Os homens criam as ferramentas e as ferramentas recriam os homens." O desenvolvimento destes campos não foi sequer capaz de erradicar a fome e a miséria, mesmo produzindo-se o suficiente para o triplo da população humana. Logo, a constatação do crime, por mais vergonhoso e duro que possa ser, recai sobre as relações entre os homens e não sobre sua capacidade produtiva.
Talvez Hobsbawm engrosse o coro do filósofo alemão Schopenhauer ao afirmar que o homem nada tem a se orgulhar, pois sua concepção do mundo é um pecado, sua vida é somente trabalho e a morte é a redenção. O saldo final é irônico: hoje somos muitos mais, vivemos muito mais e em lugares mais inóspitos, controlamos e somos capazes de prever os cataclismas. Mas ninguém responde: para quê vivemos mais? Possivelmente para produzir mais riquezas que obviamente irão parar em mãos alheias às nossas. E é exatamente neste ponto em que as primeiras questões levantadas passam a ser tornar um problema e não apenas divagações. O quanto um homem pode falar sobre si mesmo? E sobre seu tempo? Qual a dimensão e validade de alguém que avalia sua própria trajetória e a de sua geração? Era dos Extremos, Cia. das Letras Afinal, o perigo de pender para a auto-indulgência ou para a penalização é grande, para não dizer inevitável. Enquanto o trabalho de Hobsbawn transita pela descrição se torna impecável; contudo, é necessário resistir à tentação de repetir aos quatro ventos a bestialidade do século XX. E então retorno à cena inicial, da janela do meu apartamento. Entre tantas casas sem acabamento, onde a carência se mostra como resultado não só de um século que não soube distribuir suas conquistas, mas também de um país que exacerbou esta mácula, vê-se em um pequeno bar, mais um daqueles em que eventualmente se tem diversão e problema, o letreiro com o nome do estabelecimento: "Bar Nova Esperança". Longe de uma pieguice fácil e confortável o que há é o que nos salva de nós mesmos, é o que garante que apesar de toda bestialidade, intolerância e destruição, nós temos a incrível capacidade de ainda acreditar. Apesar da força da argumentação de Hobsbawm ainda é possível acreditar que, como sabe todo bom historiador a história não é uma peça que está completa, mas é escrita cena a cena, a cada dia, por cada um e por todos. O final, como diria Walter Benjamin, só se saberá no derradeiro dia da espécie humana e com ele o sentido de nossa trajetória.

Leia o livro: A ERA DOS EXTREMOS - O breve séc. XX - Cia das letras ( acervo - Biblioteca da Veris Faculdades)



SÉCULO XX

A CIÊNCIA FAZ MARAVILHAS...

"A ciência tem suas catedrais construídas pelo esforço de uns poucos arquitetos e de muitos trabalhadores". (G. N. Lewis)


A idéia de Quantização
Uma das mais revolucinárias criações da física, diferentemente das outras aqui relatadas, não é resultado de trabalhos experimentais, mas produto do desenvolvimento de trabalhos teóricos. A adoção da idéia de quantum ( palavra latina, que significa quantidade. O plural de quantum é quanta), representa uma significativa mudança na física.
Max Palnk ( 1858-1947),

físico alemão, fez em 1900 uma descoberta que determinou uma revolução em muitos campos da física e forçou uma mudança radical na descrição dos fenômenos.
Visite o site e saiba mais sobre Planck : http://ff8.sites.uol.com.br/


RELATIVIDADE: NOVA FORMA DE PENSAR ESPAÇO E TEMPO


ALBERT EINSTEIN ( 1879-1955).






Einstein é popularmente conhecido como o pai da teoria da relatividade, mas recebeu o Prêmio Nobel especialmente pela descoberta da lei do efeito fotoelétrico, fato pouco conhecido pelo grande público. Além dessas duas áreas de conhecimento, Einstein tem contribuições importantes em várias outras áreas da física. Seu primeiro artigo científico foi publicado em 1901, na Annalen der Physik, sobre as "conseqüências do efeito da capilaridade", um problema de termodinâmica. Continua nessa linha de trabalho até 1905, publicando dois artigos em 1902, um em 1903 e outro em 1904, todos na Annalen der Physik. Depois vêm os magníficos trabalhos de 1905, para muitos, o annus mirabilis da sua vida científica.
Visite o site: http://www.if.ufrgs.br/einstein/ e saiba mais sobre Einstein

O analista de nosso inconsciente
Sigmund Freud ( 1856-1939)







Freud, trouxe uma nova dimensão para a ciência: a partir dele, passou-se a considerar tanto o consciente quanto o inconsciente nas ações e acontecimentos humanos.
A ciência não é uma ilusão, mas seria uma ilusão acreditar que poderemos encontrar noutro lugar o que ela não nos pode dar. (Sigmund Freud)
Não posso imaginar que uma vida sem trabalho seja capaz de trazer qualquer espécie de conforto. A imaginação criadora e o trabalho para mim andam de mãos dadas; não retiro prazer de nenhuma outra coisa. Sigmund Freud
Biografia de Freud: http://fundamentosfreud.vilabol.uol.com.br/biografia.html


Em nossa viagem desde a ciência primitiva , acompanhamos as múltiplas criações da mente humana.

Agora chegamos no século XX.


Ocorreu no dia 16 de julho de 1969: o homem caminhou, pela primeira vez, na Lua.




Se considerarmos que quando começou o século XX o avião ainda era uma ficção, constatamos assim a aceleração do progresso científico nos últimos anos.

Quanta história medeia os muitos milênios decorridos entre o uso da vara como prolongamento da mão e o emprego do avião como um rápido meio de transporte?

Quantas criações engenhosas há nas poucas décadas que estão entre o primeiro vôo num meio de trasnporte mais pesado que o ar e as conquistas espaciais deste século?

O que você tem a dizer sobre essa aceleração dos acontecimentos???

A virada de século

Últimos anos do século XIX e primeiros do século XX.





... e a ciência determina quase uma nova maneira de viver...


1895 - Marco referencial para a análise. Em torno dessa data que houve na história da ciência uma guinada decisiva: algumas descobertas experimentais, ampliaram muito o conhecimento microscópico do mundo atômico.


QUATRO GRANDES DESCOBERTAS:
RAIO X, ELÉTRON, EFEITO ZEEMAN E RADIOATIVIDADE


O elétron, que em 1833 já fora prognosticado em um estudo de Faraday, ofereceu muitos desafios aos cientistas.

O francês J.B. Perrin (1870-1942)
que, em 1895, demonstrou que os raios catódicos eram partículas carregadas negativamente. EM 1899, J.J. Thomson, professor da Universidade de Cambridge, fez a determinação da carga e da massa de elétron, e R.A. Millikan, em 1910, aperfeiçoou a determinação da massa.

PIETER ZEEMAN (1865-1943)
Físico holandês nascido em Zonnemaire, pequena vila da ilha de Schouwen, Zeeland, físico alemão que observou o efeito dos campos magnéticos nas riscas espectrais dos átomos (1896) e, por essa descoberta ganhou o Prêmio Nobel da Física (1902), dividido com Hendrik Antoon Lorentz, efeito esse que se tornou conhecido como efeito de Zeeman. Filho do clérigo Catharinus Forandinus Zeeman e sua esposa, née Wilhelmina Worst, foi educado em Zierikzee e, depois, estudou clássico em Delft por dois anos. Entrou para a Universidade de Leyden (1885) onde estudou mecânica com Kamerlingh Onnes e física experimental com Hendrik Lorentz. Foi nomeado (1890) assistente de Lorentz, onde integrou a equipe de pesquisas sobre o efeito Kerr. Obteve seu doutorado (1893), e foi para Instituto F. Kohlrausch, em Estrasburgo, onde trabalhou um semestre com E. Cohn. Retornou a Leiden (1894) onde foi privaat-docent (1895-1897). Na Universidade de Leiden, orientado por seu professor Hendrick Lorentz, ele descobriu o efeito Zeeman, efeito do magnetismo sobre a luz, ou seja, quando um raio de luz de uma fonte colocada em um campo magnético é examinado espectroscopicamente, a linha espectral divide em vários componentes. Esta descoberta confirmou a teoria de Lorentz de radiação eletromagnética, e ajudou os físicos na investigação dos átomos, e os astrônomos na medição do campo magnético das estrelas e, por este feito, ambos dividiram o Nobel de Física (1902). Nomeado (1900) foi professor de física da Universidade de Amsterdã (1900-1935), passando a dirigir o seu Instituto de Física (1908). Casado (1895) com Johanna Elisabeth Lebret, o casal tinha três filhas e um filho, quando ele morreu em Amsterdã.

Os raios X, foram descobertos por Wilhelm Conrad Rontgen,
quando em 8 de novembro de 1895, trabalhava com um válvula de Hittorf, totalmente coberta por uma cartolina preta em uma sala escura. A certa distância havia uma folha de papel tratada com platinocianeto de bário e usada como tela, que inexplicavelmente começou a brilhar, com emissão de luz. Algo devia estar atingindo-a para que brilhasse. Rontgen, surpreso com o fenômeno, pôs-se a pesquisá-lo. Colocou vários objetos entre a válvula e a tela e todos pareciam transparentes. Quando acidentalmente, sua mão passou em frente à válvula, viu seus ossos na tela. Estava descoberta uma radiação desconhecida: os raios X.
Rontgen, repetiu as experiências e elaborou um relatório preliminar a Sociedade Físico-Médica de Wurzburg. A descoberta dos raios x logo causou comoção no mundo científico. Rontgen foi convidado a fazer conferências sobre sua descoberta em vários lugares, mas sempre recusou por falta de tempo, pois precisava encontrar explicáção para o fenômeno. Passaram-se dezesseis anos, até que os trabalhos de Max von Laue e de Friedrich e Knipping esclarecessem dúvidas a respeito dos raios X. Rontgen foi o primeiro laureado com o Prêmio Nobel de Física, em 1902.

A RADIOATIVIDADE foi, muito provavelmente, a mais revolucionária e mais emocionante descoberta do fim-de-século.

Século XIX - a Ciência se consolida

" Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é transformá-lo". (Marx)


O século XIX foi o grande período no qual a ciência se consolidou e realmente passou a definir marcas na caminhada da humanidade. Se, até então, o homem buscava, na ciência, respostas às suas interrogações sobre a natureza, a partir de agora a ciência não só passa a responder às interrogações, mas também, ao interferir na própria natureza, a determinar novas e melhores maneiras de viver. Uma época extraordinária - As idéias que marcaram o século XIX Para uma melhor compreensão dos movimentos literários da segunda metade do século XIX, Realismo e Naturalismo, é importante conhecer as idéias e teorias que impactaram de modo fundamental as obras dos escritores da época. Segue abaixo uma análise de três pensadores fundamentais do período: Charles Darwin, Augusto Comte e Karl Marx. CHARLES DARWIN Até o século XVIII, acreditava-se que o homem e todas as espécies existentes haviam sido criados assim como são e que não tinham sofrido nem poderiam podiam sofrer nenhuma transformação. Contudo, em1859, o cientista inglês Charles Darwin, filho de um pastor anglicano, após longas viagens, inclusive pela América do Sul, observando e refletindo sobre o universo dos seres vivos deu início a uma profunda revolução na história da ciência ao publicar uma obra fundamental denominada Sobre a origem das espécies. As idéias-chave da teoria de Darwin são as da “luta pela sobrevivência” e a da “seleção natural”. Assim, a história dos seres vivos nada mais é do que o resultado de uma guerra entre as várias espécies animais e inclusive entre indivíduos da mesma espécie. Ao final dessa competição, sobrevivem apenas os mais fortes e os mais adaptados ao ambiente, processando-se, portanto, uma seleção natural através da qual os organismos vitoriosos evoluem de estruturas simples a outras de maior complexidade orgânica. A teoria darwinista escandalizou a Europa porque representou um golpe terrível na concepção religiosa de então, centrada na idéia de que a Bíblia seria um livro rigorosamente histórico e documental. Naquela época, a grande maioria das pessoas acreditava que a humanidade começara com Adão e Eva, Noé vagara numa arca pela terra inundada, Jonas sobrevivera três dias no ventre de uma grande baleia, e o mundo, desde a criação divina, não alcançara ainda sessenta séculos, etc. As idéias de Darwin abalaram profundamente as concepções religiosas e filosóficas então vigentes. De repente, o homem já não era mais o centro da criação. Ele descendia de ancestrais primitivos e animalescos, e assim passava a ser visto apenas como uma estrutura orgânica tornada mais apta pelo acaso, pelo ambiente e pela luta da sobrevivência. AUGUSTO COMTE A evolução natural deveria ter uma correspondência na evolução da sociedade. Vários pensadores rejeitaram a miséria e os horrores das duas revoluções industriais. A indignação moral os levou à criação de utopias, isto é, de sociedades imaginárias, projetadas no futuro, onde a exploração econômica e as diferenças sociais seriam destruídas ou reduzidas significativamente. Augusto Comte acreditava que a vida social pode ser analisada através de um modelo científico. Ele foi o criador da Sociologia. Sua interpretação da história da humanidade, levou-o a considerá-la como um processo permanente de melhoria, passando por estágios inferiores (fase teológica e fase metafísica) até alcançar um patamar superior (fase positiva). Por isto foi denominada Positivismo a doutrina que Comte elaborou entre 1830 a 1854, com ênfase especial no conhecimento propiciado pela observação científica da realidade. Este conhecimento tornaria possível o estabelecimento de leis universais para o progresso da sociedade e dos indivíduos. Comte, porém, abominava tanto a revolução quanto a democracia, vendo nelas apenas o caos e a anarquia. Para ele o “a ordem era a base do progresso social”. Seu modelo positivista de regime é o republicano, mas estruturado sob a forma de uma “ditadura científica”. Homens esclarecidos e da máxima honestidade – verdadeiros sacerdotes do saber (tecnocratas, diríamos hoje) – aconselhariam os ditadores ilustrados e, de certa forma, comandariam as ações do Estado para integrar os mais pobres ao universo social. Entre os postulados positivistas figuram a separação entre o poder religioso e o poder civil, a universalização do ensino primário e a proteção ao proletariado. As idéias de Comte tiveram enorme repercussão no Brasil. Forneceram aos republicanos sul-rio-grandenses e aos jovens oficiais do Exército uma ideologia de mudança sem o risco da desordem. De certa maneira, estas idéias sedimentaram uma linha reformista autoritária iniciada no Rio Grande do Sul, com o governo de Júlio de Castilhos (1893-1900), e continuada pelo Estado Novo (1937-1945) e pelo regime militar (1964-1984). KARL MARX (1818-1883) Karl Marx, filósofo e economista judeu-alemão, foi um dos maiores pensadores revolucionários do século XIX. Suas idéias, no entanto, só alcançaram grande ressonância no século XX, após a revolução que criou a União Soviética. Para ele, as lutas sociais decorriam da revolução industrial na Europa e do conflito entre o burguês e o proletário. A história da humanidade sempre fora marcada pela luta de classes cuja intensidade variava com o tempo. Na Antigüidade clássica, por exemplo, ela se dava pelo permanente confronto entre os senhores e os escravos. Já na Idade Média, o conflito entre as classes evidenciava-se no esforço dos servos e dos vilãos para se emanciparem do domínio que os senhores feudais exerciam sobre eles. Marx tinha uma visão otimista do destino da humanidade. Acreditava que a batalha final, travada entre os capitalistas e os operários, seguramente levaria à vitória desses últimos, que representavam a maioria da sociedade. A partir de então se constituiria um mundo ideal onde todas as diferenças de classe desapareceriam e o império da igualdade entre os homens finalmente triunfaria. Com essa revolução social, escreveu ele ao encerrar O manifesto comunista, em 1848, “os proletários nada têm nada a perder a não ser seus grilhões. E têm um mundo a ganhar.” Como cientista social, a maior contribuição de Karl Marx foi seu estudo sobre o funcionamento da sociedade capitalista, cujo primeiro volume, intitulado O capital, surgiu em 1867, o único publicado em vida. Iniciando pela análise da produção das mercadorias, Marx realiza uma impressionante descrição do sistema capitalista, sua evolução e suas transformações. Segundo ele, o capitalismo era um sistema historicamente datado e, portanto, sujeito a desaparecer no tempo. Sua existência, tal como sucedera com o escravismo e o feudalismo, chegaria ao fim com uma grande crise, uma espécie de catástrofe geral da economia e das instituições. A previsão de Marx era a de que a falência do capitalismo ocorreria nos países mais industrializados da Europa. Paradoxalmente, a concepção marxista veio a triunfar na Rússia e na China, países rurais e atrasados.

O século das LUZES - Século XVIII


ILUMINISMO E A CIÊNCIA "Nos séculos XVII e XVIII, enquanto as idéias iluministas se espalhavam pela Europa, uma febre de novas descobertas e inventos tomou conta do continente. O avanço científico dessa época colocou à disposição do homem informações tão diferentes quanto a descrição da órbita dos planetas e do relevo da Lua, a descoberta da existência da pressão atmosférica e da circulação sangüínea e o conhecimento do comportamento dos espermatozóides. A Astronomia foi um dos campos que deu margem às maiores revelações. Seguindo a trilha aberta por estudiosos da Renascença, como Copérnico, Kepler e Galileu, o inglês Isaac Newton (1642.1727) elaborou um novo modelo para explicar o universo. Auxiliado pelo desenvolvimento da Matemática, que teve em Blaise Pascal (1623.1662) um de seus maiores representantes, ele ultrapassou a simples descrição do céu, chegando a justificar a posição e a órbita de muitos corpos siderais. Além disso, anunciou ao mundo a lei da gravitação universal, que explicava desde o movimento de planetas longínquos até a simples queda de uma fruta. Newton foi ainda responsável por avanços na área do cálculo e pela decomposição da luz, mostrando que a luz branca, na verdade, é composta por sete cores, as mesmas do arco-íris. Tanto para o estudo dos corpos celestes como para a observação das minúsculas partes do mundo, foi necessário ampliar o campo de visão do homem. Os holandeses encarregaram-se dessa parte, descobrindo que a justaposição de várias lentes multiplicava a capacidade da visão humana.

Tal invento possibilitou a Robert Hooke (1635-1703)

construir o primeiro microscópio, que ampliava até 40 vezes pequenos objetos (folhas, ferrões de abelha, patas de insetos). Esse cientista escreveu um livro sobre suas observações e criou o termo célula, hoje comum em Biologia. As primeiras experiências com a então recém-descoberta eletricidade demonstraram que o corpo humano é um bom condutor elétrico, O menino suspenso por cordas Isolantes recebe estímulos elétricos nos pés, os quais são transmitidos à outra criança (à esquerda), a quem esta dando a mão. A Biologia progrediu também no estudo do homem, com a identificação dos vasos capilares e do trajeto da circulação sanguínea. Descobriu-se também o princípio das vacinas — a introdução do agente causador da moléstia no organismo para que este produza suas próprias defesas. Na Química, a figura mais destacada foi Antoine Lavolsier (1743-1794), famoso pela precisão com que realizava suas experiências. Essa característica auxiliou-o a provar que, “embora a matéria possa mudar de estado numa série de reações químicas, sua quantidade não se altera, conservando-se a mesma tanto no fim como no começo de cada operação”. Atribuiu-se a ele igualmente a frase: “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”. Além dos nomes citados, houve muitos outros inventores e estudiosos que permitiram, por exemplo, a descoberta da eletricidade; a invenção da primeira máquina de calcular; a formulação de uma teoria, ainda hoje aceita, para explicar a febre; a descoberta dos protozoários e das bactérias. Surgiu mesmo uma nova ciência — a Geologia —, a partir da qual se desenvolveu uma teoria que explicava a formação da Terra, refutando a versão bíblica da criação do mundo em sete dias. Desenho esquemático do microscópio de Robert Hooke. Tendo herdado o espírito curioso e indagador dos estudiosos renascentistas, os pesquisadores dos séculos XVII e XVIII construíram teorias e criaram inventos, em alguns casos posteriormente contestados pela evolução da ciência. Sua importância, entretanto, é inegável, tendo sido fundamental para os progressos técnicos que culminaram na Revolução Industrial. " LAVOISIER Lavoisier nasceu a 26 de Agosto de 1743 em Paris e faleceu em 8 de Maio 1794, também em Paris. A química moderna assim explica: há uma combinação das substâncias e não uma decomposição. Contudo, esse ponto era ignorado pela Ciência de antes do século XVII, que dava maior ênfase aos aspectos qualitativos, desprezando as quantidades. Considerado o pai da Química, Antoine Lavoisier foi o primeiro a observar que o oxigênio, em contato com uma substância inflamável, produz a combustão. Deduziu, também, baseado em reações químicas, a célebre lei da conservação da matéria: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma" .Com outros estudiosos, Lavoisier tentou ainda encontrar uma linguagem própria para a química. Em 1773, colocou um metal dentro de um vaso, fechou-o hermeticamente e, por pesagem, determinou-lhe a massa. Depois, levou-o a um forno de alta temperatura, e em seguida pesou-o novamente. Não houvera alteração de massa, apesar de o metal ter-se combinado com o oxigênio do ar, formando um óxido. Repetiu a experiência muitas vezes, provocou outras reações, medindo sempre com balanças a massa das substâncias a serem testadas, e a massa dos produtos obtidos. Concluiu que a massa das substâncias que entram numa reação química é sempre igual à das substâncias que resultam do processo. Nada se perde e nada se cria. Estava estabelecido o Princípio da Conservação da Massa. Muito mais tarde, em 1905, Einstein mostrou que a energia possui, como a matéria, a propriedade da inércia ou massa. Conforme concluíra Lavoisier, ao nível das reações químicas a matéria não desaparece: apenas se transforma.

quinta-feira, 18 de março de 2010

CIÊNCIA MODERNA

Galileu Galilei
Já estudamos o período do Renascimento e conhecemos a profundidade das transformações ocorridas na Europa entre os séculos 15 e 17. Além das mudanças no comércio, arte e religião, a natureza mística descrita pelos pensadores medievais deu lugar a uma visão mais racionalista e mecanicista do mundo. Explicar como tantas inovações se articularam e qual sua importância para a formação do pensamento dos cientistas modernos - Das máquinas do mundo ao universo-máquina . A história da ciência é um processo integrado às múltiplas dimensões da realidade renascentista e mostra como arte, economia e religião, por exemplo, influíram na consolidação das idéias que geraram a ciência da modernidade. Das grandes navegações ao advento da perspectiva nas representações artísticas, o desenvolvimento de novas técnicas atendeu a demandas práticas -- localizar uma caravela no oceano, lutar contra correntes marítimas e ventos contrários, projetar e construir novas catedrais... O universo passou a ser concebido como máquina, sobretudo a partir das inovações na astronomia -- trazidas por Copérnico, Tycho Brahe, Kepler, Galileu e Newton -- que colocaram em xeque a idéia de perfeição do mundo celeste. Com Descartes, também o funcionamento do corpo humano e de outros animais foi associado às máquinas cada vez mais presentes no cotidiano dos europeus. A investigação científica passou então a ser caracterizada pela experimentação e pela observação metódica da natureza, viabilizada pela matemática. As novas teorias, porém, não emergiram de forma simples. Os escritos dos principais fundadores da ciência moderna estão repletos de controvérsias e buscam ajustar visões antagônicas sobre o funcionamento do mundo. Além disso, ao contrário do saber dos alquimistas da Idade Média, a ciência moderna nasceu e se desenvolveu acompanhada de um amplo processo de divulgação: "era necessário ganhar adeptos e espalhar as novas idéias". Novas técnicas de reprodução de livros, como a imprensa desenvolvida por Gutenberg, assumiram a missão e representaram ainda o fim do monopólio da Igreja sobre os saberes, já que as novas editoras estavam nas mãos de leigos e publicavam trabalhos não só em latim, mas também nas línguas locais. Bacon, Galileu e Descartes foram os principais pilares da fundação da Ciência Moderna. Bacon (1561-1626) – Segundo Bacon, para passar de dominado a dominador da Natureza o homem deve conhecer as leis da Natureza por métodos comprovados através de experimentos. Bacon formulou a teoria da indução, que serve para descrever minunciosamente os cuidados, técnicas e procedimentos para investigação dos processos naturais. A máxima baiconiana é: “Saber é poder”. Galileu (1564-1642) - No pensamentode Galileu a nova ciência constitui-se pela utilização do método lógico-matemático, onde tudo pode ser medido, quantificado e matematizado, afastando todos os elementos subjetivos como: desejos, cores, sabores, e odores. Sua máxima é: “O livro da Natureza está escrito em caracteres matemáticos”. Descartes (1596-1650) - O criador do método cartesiano, propôs quatro regras básicas capaz de conduzir o espírito a verdade. 1) Evidenciar – O objeto deve ser exposto com clareza e evidência; 2) Decompor – Deve dividir-se em tantas partes quantas forem necessárias; 3) Ordenar – Deve partir-se dos problemas mais simples para os mais complexos; 4) Revisar – Deve fazer verificações para certificar-se de que nada esteja errado. Descartes formula ainda os conceitos de res-cogita (pensamento) e res-extensa (matéria). Dessa forma Descartes separa o corpo da alma. Sua máxima é: “Penso, logo existo”.

CIÊNCIA NO RENASCIMENTO

O século XV presenciou o início do florescimento artístico e cultural da Renascença. Em meados do século XIV a redescoberta de textos científicos antigos, que se iniciara no século XII, foi aprimorada com a Queda de Constantinopla. Na mesma época ocorreu a invenção da imprensa, que traria grande efeito na sociedade européia ao democratizar o aprendizado e permitir a propagação mais rápida de novas idéias. Mas apesar de seu florescimento artístico, o período inicial da Renascença é geralmente visto como um momento de estagnação nas ciências. Renascença A redescoberta de textos antigos foi aprimorada depois da Queda de Constantinopla, em meados do século XV, quando muitos eruditos bizantinos tiveram que buscar refúgio no ocidente, especialmente na Itália. Esse novo influxo alimentou o interesse crescente dos acadêmicos europeus pelos textos clássicos de períodos anteriores ao esfacelamento do Império Romano do Ocidente. No século XVI já existe, paralelamente ao interesse pela civilização clássica, um menosprezo pela Idade Média, que passou a ser cada vez mais associada a expressões como "barbarismo", "ignorância", "escuridão", "gótico", "noite de mil anos" ou "sombrio". Desse modo, o humanismo renascentista rompeu com a visão teocêntrica e com a concepção filosófico-teológica medieval. Agora conceitos como a dignidade do ser humano passam a estar em primeiro plano. Por outro lado, esse humanismo representa também uma ruptura com a importância que vinha sendo dada às ciências naturais desde a (re)descoberta de Aristóteles, no chamado Renascimento do Século XII. Apesar do florescimento artístico, o período inicial da Renascença é geralmente visto como um momento de estagnação nas ciências. Há pouco desenvolvimento de disciplinas como a física e astronomia. O apego aos escritos antigos tornam as visões Ptolomaica e Aristotélica do universo ainda mais enraizadas. Em contraste com a escolástica, que supunha uma ordem racional da natureza na qual intelecto poderia penetrar, o chamado naturalismo renascentista passava a ver o universo como uma criação espiritual opaca à racionalidade e que só poderia ser compreendida pela experiência direta. Ao mesmo tempo, a filosofia perdeu muito do seu rigor quando as regras da lógica passaram a ser vistas como secundárias ante a intuição ou a emoção. Por outro lado, a invenção da imprensa, que ocorrera simultaneamente à Queda de Constantinopla, teria grande efeito na sociedade européia. A disseminação mais fácil da palavra escrita democratizou o aprendizado e permitiu a propagação mais rápida de novas idéias. Entre essas idéias estava a álgebra, que havia sido introduzida na Europa por Fibonacci no século XIII, mas só se popularizou ao ser divulgada na forma impressa. Essas transformações facilitaram o caminho para a Revolução científica, mas isso só ocorreria depois do movimento Renascentista ter chegado ao norte da Europa, com figuras como Copérnico, Francis Bacon e Descartes. Foram essas figuras que levaram adiante os avanços iniciados pelos sábios da Idade Média, mas estes personagens já são muitas vezes descritos como pensadores pré-iluministas, ao invés de serem vistos como parte do renascimento tardio. fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ci%C3%AAncia_no_Renascimento

sábado, 13 de março de 2010

Os Árabes e suas contribuições para a Ciência e Medicina

Falar da Ciência dos Árabe é um assunto extremamente fascinante. Trata-se de uma história de
paixão pelo conhecimento e pelo saber que possibilitou avanços importantes para o mundo da
ciência em todos os níveis e dos quais nos beneficiamos até os dias atuais.
Embora seja um fato histórico concreto que a Civilização Árabe contribuiu para o mundo
civilizado e para a civilização moderna e contemporânea, pouco se fala sobre os seus feitos. Os
árabes existem há pelo menos 4000 anos, embora alguns historiadores defendam que seja muito
mais do que isso. Mas foi a partir do século VII, com advento do Islam, que tem início uma
idade de grande expansão e aperfeiçoamento da língua árabe e da ampliação do conhecimento a
partir do idioma. Devido à expansão geográfica feita neste período, os árabes entram em contato
com diversas culturas como a grega, a hindu, a chinesa, a bizantina e a persa. A partir disso,
passam a conhecer os escritos e verte-los para o árabe, aperfeiçoando-se na técnica de tradução e
divulgação do conhecimento. Neste momento, um grande processo de intercâmbios entre as
diversas culturas passa a ocorrer e os árabes foram não só os grandes propagadores mas também
os grandes catalisadores das transformações científicas que se seguiram



Ao longo de 4 séculos um ambiente de enorme estímulo intelectual prevaleceu e se ampliou e foi
neste período que inúmeras descobertas ocorrem, entre as quais se destacam:

1. Matemática e Álgebra – com o desenvolvimento dos algarismos, do conceito de zero e do
sistema decimal, da prática do cálculo, da álgebra, das equações trigonométricas e da aritmética.
Dentre os grandes sábios destacam-se Al-Kwarismi (de onde vem a palavra algarismo), Ibn al-
Haytam, al-Biruni entre outros tantos;

2. Astronomia – são recuperados os conhecimentos dos gregos antigos e desenvolvidas técnicas
e instrumentos sofisticados de orientação (astrolábios e observatórios), determinação do tempo e
modelos planetários;

3. Geografia – conhecimento da geografia humana e cartografia;

4. Física – desenvolvimento da hidrostática, da óptica, da mecânica;

5. Arquitetura e artes decorativas – Desenvolvimento de construções e elementos geométricos de
grande sofisticação;

6. Química – a partir de experimentos práticos desenvolveram o sabão, elementos cosméticos
como a água de rosas (a partir de técnicas de destilação) e do vinagre (a partir de técnicas de
fermentação). Devido a uma busca incessante pelo elixir da vida, do medicamento milagroso que
poderia curar todos os males.

CIÊNCIA ROMANA

Ciências e tecnologia

O desenvolvimento que os romanos alcançaram nas ciências foi bastante limitado e sofreu marcante influencia dos gregos. A medicina somente passou a ter um caráter científico depois que os primeiros médicos gregos se estabeleceram em Roma; a matemática e a geometria que os romanos conheceram também não alcançaram progresso significativo.

Na astronomia, as noções alcançadas pelos romanos também não ultrapassaram aquelas herdadas da Grécia. Eles sabiam da existência de cinco planetas e tinham idéias não muito precisas a respeito do movimento da Lua em torno da Terra. Seus conhecimentos astronômicos permitiram que, no tempo de César (em 46 a.C.), fosse elaborado um novo calendário – o calendário Juliano – que sobreviveu até os fins do século XVI (1582), sendo substituído pelo calendário gregoriano, devido ao papa Gregório XIII. Esse calendário, que não é muito diferente do Juliano, foi adotado porque os astrônomos descobriram algumas inexatidões no antigo calendário romano.

A medição do tempo, para os romanos, apresentava dificuldades que somente puderam ser superadas séculos mais tarde. Os dias eram divididos em 24 horas (12 diurnas, 12 noturnas). Os relógios existentes mostravam as horas pelo deslocamento da sombra em relação à posição do Sol durante o dia.

Os romanos numeravam as horas contando-as a partir do nascer do Sol. Assim, o clarear do dia acontecia na primeira hora; a sexta-hora correspondia ao meio-dia; a nona hora equivalia ao meio da tarde, e assim por diante.

Os dias dos meses foram divididos em fastos e nefastos. Dias fastos eram considerados inteiramente favoráveis; nefastos, os dias negativos para algumas atividades, como as comerciais (por exemplo, o comércio não podia funcionar naqueles dias).

Os primeiros dias do mês eram denominados calendas; os dias 5 e 7 chamavam-se nonas; e os dia 13 e 15 recebiam o nome de dos. Eram considerados de má sorte os meses de março, maio e metade de junho.

A geografia entre os romanos foi inteiramente baseada nos ensinamentos aprendidos dos gregos, e a cartografia limitou-se ao conhecimento e à elaboração de itinerários; mapas rudimentares que indicavam, unicamente, os percursos que ligavam diferentes lugares do império.

Na história, os romanos limitavam-se à narração dos fatos acontecidos em épocas determinadas. Os historiadores procuravam, ainda, destacar um sentido moral, extraído dos episódios estudados. Entre os historiadores romanos, tiveram destaque Tito Lívio, Tácito e Suetônio.

Foi na ciência do direito que se revelou o gênio dos romanos antigos. Em 450 a.C., ocorreu a promulgação da Lei das Doze Tábuas, o primeiro código escrito de leis elaborado em Roma. Durante quase um milênio, a partir daquela data, o direito romano sofreu uma evolução contínua, cujo apogeu foi marcado pela elaboração do Código de Justiniano, em 535 d.C., quando o Império do Ocidente já havia sido invadido pelos bárbaros.

A BIBLIOTECA DE ALEXANDRIA - O CORAÇÃO DA HUMANIDADE

O imenso arquivo de livros considerados 'perigosos', como as obras de Bérose que relatavam seus encontros com extraterrestres ou 'Sobre o feixe de luz', provavelmente a primeira obra sobre discos voadores, os livros secretos que davam poder ilimitado, os segredos da alquimia....tudo desapareceu

A cidade foi fundada, como seu nome o diz, por Alexandre, o Grande , entre 331 e 330 a.C.

The Alexandria Monument Gallery ma fantástica coleção de saber foi definitivamente aniquilada pelos árabes em 646 da era cristã. Antes disso muitos ataques foram destruindo aos poucos esse monumento. Alexandria foi a primeira cidade do mundo totalmente construida em pedra. A biblioteca compreendia dez grandes salas e quartos separados para os consultantes. Discute-se, ainda, a data de sua fundação, por Demétrios de Phalére. Desde o começo, ele agrupou setecentos mil livros e continuou aumentando sempre esse número. Os livros eram comprados às expensas do rei. Demétrios foi o primeiro ateniense a descolorir os cabelos, alourando-os com água oxigenada. Depois foi banido de seu governo e partiu para Tebas. Lá escreveu um grande número de obras, uma com o título estranho: 'Sobre o feixe de luz no céu', que é provavelmente, a primeira obra sobre discos voadores. Demétrios tornou-se célebre no Egito como mecenas das ciências e das artes, em nome do rei Ptolomeu I . Ptolomeu II continuou a interessar-se pela biblioteca e pelas ciências, sobretudo a zoologia. Nomeou como bibliotecário a Zenodotus de Éfeso, nascido em 327 a.C., e do qual ignoram as circunstâncias e data da morte. Depois disso, uma sucessão de bibliotecários , através dos séculos, aumentou a biblioteca, acumulando pergaminhos, papiros, gravuras e mesmo livros impressos, se formos crer em certas tradições. A biblioteca continha portanto documentos inestimáveis.

Sabe-se que um bibliotecário se opôs, violentamente ,à primeira pilhagem da biblioteca por Júlio César, no ano 47 a.C., mas a história não tem o seu nome. O que é certo é já na época de Júlio César, a biblioteca de Alexandria tinha a reputação corrente de guardar livros secretos que davam poder praticamente ilimitado. Quando Júlio César chegou a Alexandria a biblioteca já tinha pelo menos setecentos mil manuscritos. Os documentos que sobreviveram dão-nos uma idéia precisa. Havia lá livros em grego. Evidentemente, tesouros: toda essa parte que nos falta da literatura grega clássica. Mas entre esses manuscritos não deveria aparentemente haver nada de perigoso. Ao contrário , o conjunto de obras de Bérose é que poderia inquietar.

Sacerdote babilônico refugiado na Grécia, Bérose nos deixou de um encontro o relato com os extraterrestres: os misteriosos Apkallus, seres semelhantes a peixes, vivendo em escafandros e que teriam trazido aos homens os primeiros conhecimentos científicos. Bérose viveu no tempo de Alexandre, o Grande, até a época de Ptolomeu I. Foi sacerdote de Bel-Marduk na babilônia. Era historiador, astrólogo e astrônomo. Inventou o relógio de sol semicircular. Fez uma teoria dos conflitos entre os raios dos Sol e da Lua que antecipa os trabalhos mais modernos sobre interferência da luz.



A ofensiva seguinte, a mais séria contra a livraria, foi feita pela Imperatriz Zenóbia . Ainda desta vez a destruição não foi total, mas livros importantes desapareceram. Conhecemos a razão da ofensiva que lançou depois dela o Imperador Diocleciano ( 284--305 d.C. ). Diocleciano quis destruir todas as obras que davam os segredos de fabricação do ouro e da prata. Isto é, todas as obras de alquimia. Pois ele pensava que se os egipcios pudessem fabricar à vontade o ouro e a prata, obteriam assim meios para levantar um exército e combater o império. Diocleciano mesmo filho de escravo, foi proclamado imperador em 17 de setembro de 284. Era ao que tudo indica, perseguidor nato e o último decreto que assinou antes de sua abdicação em maio de 305, ordenava a destruição do cristianismo. Diocleciano foi de encontro a uma poderosa revolta do Egito e começou em julho de 295 o cerco à Alexandria. Tomou a cidade e nessa ocasião houve um massacre. Entretanto, segundo a lenda, o cavalo de Diocleciano deu um passo em falso ao entrar na cidade conquistada e Diocleciano interpretou tal acontecimento como mensagem dos deuses que lhe mandavam poupar a cidade.

A tomada de Alexandria foi seguida de pilhagens sucessivas que visavam acabar com os manuscritos de alquimia. E todos manuscritos encontrados foram destruidos . Eles continham as chaves essenciais da alquimia que nos faltam para a compreensão dessa ciência, principalmente agora que sabemos que as transmutações metálicas são possíveis. Seja como for, documentos indispensáveis davam a chave da alquimia e estão perdidos para sempre: mas a biblioteca continuou.

Apesar de todas as destruições sistemáticas que sofreu , ela continuou sua obra até que os árabes a destruissem completamente. E se os árabes o fizeram, sabiam o que faziam. Já haviam destruido no prórpio Islã - assim como na Pérsia - grande número de livros secretos de magia, de alquimia e de astrologia. A palavra de ordem dos conquistadores era "não há necessidade de outros livros, senão o Livro", isto é , o Alcorão. Assim , a destruição de 646 d.C. visava não propriamente os livros malditos, mas todos os livros.

O historiador muçulmano Abd al-Latif (1160-1231) escreveu: "A biblioteca de Alexandria foi aniquilada pelas chamas por Amr ibn-el-As, agindo sob as ordens de Omar, o vencedor". Esse Omar se opunha aliás a que se escrevessem livros muçulmanos, seguindo sempre o princípio: "o livro de Deus é-nos suficiente". Era um muçulmano recém-convertido, fanático, odiava os livros e destruiu-os muitas vezes porque não falavam do profeta. É natural que terminasse a obra começada por Julio César, continuada por Diocleciano e outros.

Fonte: http://www.fenomeno.matrix.com.br/

CIÊNCIA HELENÍSTICA

O período conhecido como helenístico foi um marco entre o domínio da cultura grega e o advento da civilização romana. Os sopros inspiradores da Grécia se disseminaram, nesta época, por toda uma região exterior conquistada por Alexandre Magno, rei da Macedônia. Com suas investidas bélicas ele incorporou ao universo grego o Egito, a Pérsia e parte do território oriental, incluindo a Índia.

Neste momento desponta algo novo no cenário mundial, uma cultura de dimensão internacional, na qual se destacam a cultura e o idioma grego. Esta era tem a duração de pelo menos trezentos anos, encontrando seu fim em 30 a.C., com a invasão do Egito pelos romanos.


Alexandre Magno
O período helenístico é caracterizada principalmente por uma ascensão da ciência e do conhecimento. A cultura essencialmente grega se torna dominante nas três grandes esferas atingidas pelo Helenismo, a Macedônia, a Síria e o Egito. Mais tarde, com a expansão de Roma, cada um desses reinos será absorvido pela nova potência romana, dando espaço ao que historicamente se demarca como o final da Antiguidade. Antes disso, porém, os próprios romanos foram dominados pelos gregos, submetidos ao Helenismo, daí a cultura grega ser depois perpetuada pelo Império Romano.

Agora não havia mais limites entre os diferentes territórios, as diversas culturas e religiões. Antigamente cada povo cultuava seus próprios deuses, mas com a difusão da cultura grega tudo se transforma em um grande caldeirão sincrético, no qual misturam-se as mais variadas visões religiosas, filosóficas e científicas. Alexandria era o grande centro da cultura helenística, especialmente no campo das artes e da literatura.

Entre os alexandrinos floresceram as mais significativas edificações culturais deste período – o Museu, que englobava o Jardim Botânico, o Zoológico e o Observatório Astronômico; e a famosa biblioteca de Alexandria, que abrigava pelo menos 200.000 livros, salas nas quais os copistas trabalhavam ativamente e oficinas direcionadas para a confecção de papiros. Outro núcleo cultural importante foi o de Antioquia, capital da Síria, localizado próximo à foz do rio Orontes, em pleno Mediterrâneo.

A era helenística conheceu o incrível progresso da história, com destaque para Polibius; a ascensão da matemática e da física, campos nos quais surgem Euclides e Arquimedes; o desenvolvimento da astronomia, da medicina, da geografia e da gramática. A literatura conhece o apogeu com o poeta Teocritus, que prepondera especialmente na poesia idílica e bucólica.

Na filosofia despontaram quatro correntes filosóficas voltadas para a descoberta da fórmula da felicidade: os cínicos, que cultivavam a idéia de que ser feliz dependia de se liberar das coisas transitórias, até mesmo das inquietações com a saúde; os estóicos e os epicuristas, que acreditavam em um individualismo moral; e o neoplatonismo, movimento mais significativo desta época, inspirado pelos pré-socráticos Demócrito e Heráclito.

Nas artes sobressaíram alguns clássicos da Era Antiga, como a Vênus de Milo, Vitória de Samotrácia e o grupo do Laocoonte. Religiosamente pode-se dizer que o Helenismo era a contraposição pagã à nova religião que dominaria o cenário histórico a partir da preponderância de Roma, o Cristianismo.

Leia também:

1.Alexandre Magno e a Cultura Helenística


Fontes:

http://www.fontedosaber.com/historia/helenismo-ou-periodo-helenico.html

CIÊNCIA GREGA

Até o final do século VII a.C., da mesma forma que os demais povos da Antiguidade, os gregos explicavam os fenômenos da Natureza em termos de Mitologia e de Religião; na Grécia, a especulação científica emergiu, aos poucos, da Filosofia.

Os primeiros "cientistas" conhecidos, em certa medida, foram os primeiros filósofos gregos, os filósofos pré-socráticos. Embora não tivessem instrumentos adequados de medida e nem fizessem experiências para comprovar suas idéias, como os cientistas modernos, eles preocuparam-se em achar explicações racionais para o mundo e seus fenômenos sem recorrer aos mitos e à religião.

Entre o final do século V a.C. e a primeira metade do século IV a.C., época de Sócrates (469-399 a.C.) e Platão (427-347 a.C.), o interesse dos cientistas pelos fenômenos naturais foi substituída pelo interesse no comportamento humano e suas causas. A única ciência que se desenvolveu nessa época foi a Medicina, que logo conseguiria se desvincular da Filosofia.

Os cientistas
Na época do Liceu, estabelecimento fundado por Aristóteles (384-322 a.C.), a Ciência voltou a receber a atenção dos intelectuais gregos: Aristóteles e Teofrasto (371-287 a.C.) podem ser considerados os mais remotos precursores da ciência moderna. Aristóteles parece ter sido o primeiro grego a compreender a necessidade da observação atenta e minuciosa, e algumas de suas descobertas a respeito dos animais são válidas até hoje.

A partir do século III a.C., com Arquimedes (287-212 a.C.), a ciência grega recebeu seu maior impulso, e a partir do século I a.C. a necessidade da experimentação para o desenvolvimento da Ciência já estava razoavelmente bem estabelecida. No Período Greco-Romano a ciência grega se desenvolveu ainda mais e adquiriu grande prestígio: alguns conceitos da Matemática e da Astronomia, por exemplo, perduraram durante toda a Idade Média e início do Renascimento.

Eis os principais cientistas gregos e os ramos da Ciência a que se dedicaram:

Eudoxo de Cnido
400-347 a.C. Matemática, Astronomia

Aristóteles
384-322 a.C. Zoologia

Teofrasto
371-287 a.C. Botânica

Aristarco de Samos
310-230 a.C. Matemática, Astronomia

Euclides
c. 300 a.C. Matemática

Arquimedes
287-212 a.C. Matemática, Astronomia, Engenharia

Ctesíbio
c. 270 a.C. Física, Engenharia

Hiparco de Nicéia
190-126 a.C. Matemática, Astronomia

Apolônio de Perga
séc. II a.C. Matemática, Astronomia

Heron
c. 62 d.C. Matemática, Engenharia

Cláudio Ptolomeu
100-170 d.C. Astronomia, Matemática, Física

Diofanto de Alexandria
séc. II-III d.C. Matemática

Os médicos e a medicina
Na segunda metade do século V a.C. a medicina já era uma profissão respeitada, praticada em consultórios. Não era requerida, no entanto, nenhuma qualificação formal, e ao lado de médicos sérios proliferavam muitos charlatães. Os melhores médicos eram provenientes de dois importantes e influentes centros de Medicina, as "escolas" de Cnido, na península anatólica, e de Cós, numa ilha próxima da costa da Ásia Menor.

Na época de Hipócrates de Cós (460-380 a.C.), a medicina consolidou-se definitivamente não só como uma ciência, mas também como arte. Uma coleção de mais de sessenta textos médicos, a Coleção Hipocrática, atribuída por tradição a Hipócrates, mostra o grande impulso recebido pela Medicina em todos os seus aspectos: mecanismo das doenças, diagnóstico, prognóstico, tratamento em bases racionais, ética médica. Um dos escritos mais famosos da Coleção é o Juramento, pronunciado em versão resumida até hoje pelos médicos ocidentais em sua formatura.

No século III a.C., com a prática da dissecação, os médicos Herófilo e Erasístrato (c. 270 a.C.) fizeram avanços no conhecimento da anatomia humana que viriam a ser ultrapassados somente na época da Renascença. No Período Greco-Romano destacaram-se os médicos Dioscorides (c. 50-70 d.C.), que escreveu um famoso tratado sobre plantas medicinais e medicamentos de origem mineral, e Galeno (129-204 d.C.), que escreveu numerosos tratados médicos.

Cumpre assinalar, finalmente, que apesar de todo o progresso científico obtido pelos médicos, Asclépio, o deus grego da Medicina, nunca perdeu a popularidade. Relatos de curas miraculosas em seus templos da cura mantiveram vivo o prestígio dessa antiga forma de medicina alternativa durante toda a Antiguidade.



CIÊNCIA EGIPCIA

A Civilização Egípcia


Uma das civilizações mais importantes da história Antiga. Desenvolveu-se na região do Crescente Fértil, mais exatamente no nordeste da África, uma região caracterizada pela existência de desertos e pela vasta planície do rio Nilo. A parte fértil do Egito é praticamente um oásis muito alongado, proveniente das aluviões depositadas pelo rio. Nas montanhas centrais africanas, onde o Nilo nasce, caem abundantes chuvas nos meses de junho a setembro provocando inundações freqüentes nas áreas mais baixas ( O “Baixo Nilo”). Com a baixa do Nilo o solo libera o humo, fertilizante natural que possibilita o incremento da agricultura. Para controlar as enchentes e aproveitar as áreas fertilizadas, os egípcios tiveram de realizar grandes obras de drenagem e de irrigação, com a construção de açudes e de canais , o que permitiu a obtenção de várias colheitas anuais.

Dada esta característica natural, o historiador grego Heródoto de halicarnasso dizia que “O Egito é uma dádiva do Nilo”. Leitura preconceituosa, que tende a desprezar o empenho, o denodo e a competência técnica da civilização egípcia que aprendeu a utilizar as cheias e vazantes do rio a seu favor.

O Egito, inicialmente, estava dividido num grande número de pequenas comunidades independentes: os nomos que por sua vez eram liderados pelos nomarcas. Essas comunidades uniram-se e formaram dois reinos: o Alto e o Baixo Egito. Por volta de 3200 a.C., o rei do Alto Egito, Menés, unificou os dois reinos. Com ele nasceu o Estado egípcio unificado, que se fortaleceu durante seu governo com a construção de grandes obras hidráulicas, em atendimento aos interesses agrícolas da população. Menés tornou-se o primeiro faraó e criou a primeira dinastia.


Arte


A principal arte desenvolvida no Egito Antigo foi a arquitetura. Marcada pela religiosidade, a arquitetura voltou-se para a construção de belos e grandes templos, como os templos de Karnac, Luxor e Abu-Simbel, e de gigantescas pirâmides como as de Quéops, Quéfren e Miquerinos. A escultura atingiu o auge com a construção de monumentos de grandes estátuas de faraós. A escrita egípcia, conhecida como hieroglífica, foi criada no período pré-dinástico e era monopólio e privilégio dos sacerdotes e dos escribas. Ao longo do tempo, surgiram no Egito dois outros tipos de escrita: a escrita hierática e a demótica. A hierática foi uma simplificação da hieroglífica, mas seu uso ligava-se ainda a religião e ao poder, e a demótica era a escrita popular.



Ciência


No campo das ciências os egípcios desenvolveram principalmente a aritmética, a astronomia e a medicina. A ciência procurava resolver problemas práticos, como controle das inundações, construção do sistema hidráulico, preparação da terra, combate as doenças etc. Preocupados com os fenômenos da natureza, os egípcios ao desenvolver a astronomia, criaram um calendário baseado no movimento do sol. Por esse calendário, o ano era dividido em 12 meses de 30 dias e mais 5 dias de festas, que eram adicionados no final para completar os 365 dias anuais.

CIÊNCIA PRIMITIVA

Nossos ancestrais já sabiam de diversas relações entre o tamanho do cabo e o peso do percutor para que um martelo pudesse, ou quebrar pedrasduríssimas, ou talhar uma colher de madeira; já usavam contrapesos para controlar o impacto e a direção dos golpes e usavam espécies de amortecedores para aproveitar os estilhaços da pedra.


Medicina Primitiva

O médico primitivo certamente empregava medicamentos feitos com produtos de origem animal ou vegetal.

Um dos mais surpreendentes aspectos do tratamento de saúde primitivo foi a prática da trepanação, operação que consiste em perfurar o crânio. Qual seriia a razão dessa prática? É difícil responder; talvez para aliviar a pressão causada por choques ou, possivelmente, para permitir a saída dos espíritos do mal.



A trepanação, bem como outras cirurgias simples, abririam caminho para o conhecimento do interior do corpo.

A transformação do conhecimento do homem daquilo que hoje chamaríamos ciências biológicas em uma ciência foi, porém, lenta. Durante um longo tempo, ele só conseguiu coligir fatos desconexos e, vez por outra, juntar algumas indicações detalhadas, mas a reunião de tudo isso em um esquema coerente de conhecimento era outro problema. Havia tantas variações, mesmo em animais e vegetais da mesma espécie, que se tornava difícil a sua catalogação racional.

E no mundo da física?

As coisas foram bem diferentes. Nesse campo, a observação de causa e efeito era bem mais fácil, e encontrar uma idéia subjacente que pudesse ser aplicada a uma grande variedade de casos não era tarefa muito complicada. A idéia do número é um exemplo.

Os homens primitivos não tinham necessidade de contar, pois o que necessitavam para a sua sobrevivência era retirado da própria natureza. A necessidade de contar começou com o desenvolvimento das atividades humanas, quando o homem foi deixando de ser pescador e coletor de alimentos para fixar-se no solo.


No pastoreio, o pastor usava várias formas para controlar o seu rebanho. Pela manhã, ele soltava os seus carneiros e analisava ao final da tarde, se algum tinha sido roubado, fugido, se perdido do rebanho ou se havia sido acrescentado um novo carneiro ao rebanho. Assim eles tinham a correspondência um a um, onde cada carneiro correspondia a uma pedrinha que era armazenada em um saco.

A correspondência unidade a unidade não era feita somente com pedras, mas eram usados também nós em cordas, marcas nas paredes, talhes em ossos, desenhos nas cavernas e outros tipos de marcação.




Certamente, constatou-se bem cedo que o número pode ser aplicado a uma grande variedade de coisas - a praticamente tudo.

O homem é uma unidade, tem uma boca, um nariz, uma cabeça, um corpo. Também possui dois olhos, dois ouvidos, dois braços, duas pernas. A mão com seu polegar e quatro dedos. Todos juntos, o polegar e os dedos, faziam um cinco. Assim se chegou aos fundmamentos da aritmética.

Inicialmente, houve a idéia de contar: uma idéia abstrata que se podia pensar sem a presença de qualquer objeto material. Podia-se se pensar no um, ou no dois, ou em qualquer número. Além disso, tais "números" pareciam ter suas próprias propriedades. O número um era um componente de todos eles; era universal. O dois também fazia parte de muitos números, em toda a classe dos números "pares". Mas havia também os outros números, os "ímpares", alguns dos quais não eram divisíveis por nenhum outro, exceto pelo um. Estes pareciam constituir números especiais, com uma individualidade única, uma significação aparentemente misteriosa e potente, e não tardou muito para que surgisse uma espécie de magia numérica, uma numerologia mística.





A técnica da aritmética, útil e poderosa, desenvolveu-se a par com a numerologia, e logo os números aumentaram muito além daqueles que podiam ser contados nos dedos dos pés e das mãos

A astronomia talvez tenha sido o primeiro estudo distinto a incorporar a aplicação da matemática. Para se usar o céu como relógio ou calendário, necessitava-se de números.

Não há dúvida de que o homem primitivo olhava para o céu noturno, e deve tê-lo feito ao mesmo tempo com espanto e curiosidade.

A aparência inconstante do c´´eu era algo que cativava a mente e a imaginação do homem primitivo. O lento e o majestoso movimento do céu durante a noite, conduzindo as estrelas de um lado a outro do horizonte, era uma visão extraordinária. Da mesma forma, o movimento da lua, que não apenas se levantava e se punha, mas também mudava de forma. Era também um medidor de tempo, quase ideal. Todos os calendários primitivos eram baseados na lua.



O céu sempre atraiu a imaginação; as crenças inconstantes do homem a respeito dele, o desenvolvimento de suas idéias sobre a natureza do céu constituem um fio que nos guia através do labirinto das diferenças culturais em várias civilizações. E, além disso, as idéias a respeito do céu agem como um espelho, pois refletem as crescentes atitudes científicas do homem, e serão particularmente úteis para nós, à proporção que nossa história for se desenrolando...

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